Maratona do Porto–6-11-2011
A Maratona do Porto foi a escolha para a minha segunda maratona. A 1ª tinha sido a Maratona Carlos Lopes em Maio de 2009.
Diziam os mais entendidos que esta é a melhor Maratona realizada em Portugal. Excelente percurso, muita gente a assistir, boa organização…
Cheguei ao Porto uns minutos antes das 14h de Sábado, na expectativa de levantar o dorsal e comer uma pasta.
Quando entrei encontrei uma fila enorme para levantar os dorsais, e sem dorsal não podia haver pasta. Esta primeira impressão que me foi dada pela organização foi muito negativa, até pela expectativas levantadas. Não seria difícil prever, até para uma prova na sua 8ªa edição, que a maioria dos atletas se apresentaria entre as 13h e 16h de Sábado.
Encontrei nessa altura o Orlando, que também estava no final da fila. Não me pareceu boa ideia estar, talvez 1 hora, em pé para levantar o dorsal e decidi ir até ao Hotel e depois almoçar num restaurante próximo.
Fiquei na Rua de Santa Catarina em pleno centro do Porto, e fui almoçar num restaurante mesmo ao lado do Hotel com preços das doses entre os 3€ e 3,5€ J. Optei por uns filetes de pescada com arroz branco, para não inventar muito na alimentação.
Por volta das 17h horas voltei à Expo Maratona, na expectativa de levantar o dorsal com muito menos confusão. E assim foi, uma fila muito mais reduzida e despachei-me em 20 minutos. Ao estacionar o carro cruzei-me com o Teodoro e já dentro da Expo encontrei o Miguel San-payo, que já não via há uns bons meses.
Depois dei um passeio pela bel zona ribeirinha, que com o por do sol estava lindíssima.
No saco vinha uma camisa ASICS e uma garrafa do vinho do Porto personalizada.
Depois foi jantar uma coisa leve e regressar ao Hotel.
Preparar todo o material para o dia seguinte e estava na hora de dormir.
De manhã pelas 6h50 fui tomar o pequeno almoço, para surpresa do único funcionário do Hotel que me dizia que o pequeno almoço era só às 7h30. Eu avisei-o que tinha combinado na recepção tomar pelas 7h00 porque tinha uma maratona. Lá me arranjou pão, fiambre e queijo e pronto, já estava feito.
Às 7h25 sai para fazer o aquecimento, tomar contacto com a temperatura e a cidade. É sempre belo correr de manhã com as ruas desertas.
Foram apenas 15 minutos, pois ainda tinha previsto um segundo aquecimento até ao local de partida (cerca de 2km).
Voltar ao Hotel, vestir o equipamento de prova, dorsal, gels e ai fui eu para o local de partida. Lá chegado, ainda deu tempo de ir a tomar um café e voltar ao local de partida. Ai chegado, já estavam em amena conversa o Orlando Ferreira, o José Carlos Melo, o Luís Matos Ferreira, o Miguel com 2 amigos (peço desculpa mas esqueci-me dos nomes). Acho que não me esqueci de ninguém, mas se assim foi peço desculpa. A minha memória é uma lastima
Depois foi fazer o aquecimento com o Luís e colocarmo-nos bem cedo na zona de partida para evitarmos a confusão dos primeiros Kms. Ainda vimos o Carlos Brazão na Zona VIP a fazer o seu aquecimento.
A partida estava bem organizada, com duas zonas distintas para a Maratona e a Family Race (14Km).
Estava uma óptima temperatura, com um lindo dia de Sol. A partida estava bem animada (mas sem comparação com a Corrida do Tejo) e na hora certa foi dado o tiro de inicio.
O Luis meteu o turbo e lá foi ele. O primeiro Km sobe até à rotunda da Boavista e depois é sempre a descer até à Foz. Os primeiros 7,5Km são muito rápidos. Se fizessem um prova de 10km com o mesmo percurso da Maratona, eram só PBT.
Estava algum vento, que em determinadas zonas provocava o seu desgaste, mas nada de especial. Sempre muita gente a assistir, com varias bandas ao longo do percurso, cuja beleza é magnifica (embora não tenha a atenção merecida durante a prova).
Julgo que as dificuldades maiores do percurso são os variados troços de empedrado, que dificultam um pouco a progressão e requerem uma atenção especial para evitar entorses (Como fez questão de me chamar a atenção o Luís M Ferreira antes do inicio da prova).
O desenho do percurso permite que os atletas se cruzem al longo da prova por 3 vezes. Entre o Km 7 e 8, entre os Km 20 e 21 e entre os Km 27 e 28.
Nesses 3 momento cruzei-me com o Luís e com o José Carlos: um ia à minha frente e outro atrás. Cruzei-me igualmente com o Miguel, Orlando, Teodoro e Carlos Brazão entre o Km 20 e 21.
Vários balões de grandes dimensão a acompanhar os Pacers das 3h00, 3h15, 3h30 e 3h45. Julgo no entanto que eles não iam com ritmos muito certos.
A chegada estava bem organizada, onde no final estavam disponíveis frutas, bebidas isotónicas e cerveja.
Esta é seguramente uma excelente Maratona, que recomendo a todos.
A minha prova.
O meu objectivo era conseguir fazer 3h10e para alcançar esse objectivo segui o meu plano de preparação que considerou 18 semanas.
Este objectivo era bastante ambicioso e já tinha comentado com o João Ralha que para o alcançar as estrelas tinham de estar todas alinhadas “Danger 4 most of us lies not in setting our aim too high & falling short; but in setting our aim 2 low &achieving our mark. –Michaelangelo”.
Mas com o evoluir dos treinos, estava convencido que o iria conseguir.
A preparação correu muito bem, sem grandes problemas físicos e consegui executar mais de 90% dos treinos previstos.
Na ultima semana, constipei-me ai falhei o plano e a condição física não era muito favorável. Como quase não treinei nessa semana, engordei 2Kg J. No entanto, no Sábado já me senti muito melhor e no Domingo de manhã sentia-me bem. Não sabia no entanto até que ponto essa semana afectaria a minha prova.
Aliás, tanto quanto sei também o José Carlos Melo, o Luís Matos Ferreira e o Teodoro Trindade, sofreram todos do mesmo mal.
Ainda pensei em alterar o plano e ir para 3h20 ou 3h30, mas já que tinha treinado tanto decidi cumprir o meu plano à risca e depois logo se via.
Em conversa com o Luís Ferreira no inicio da prova (e depois pelo post dele no final do prova no facebook), verifiquei que tínhamos estratégias parecidas (embora a ritmos diferentes J).
A primeira metade seria a uma intensidade de 151 a 154 bpm e depois essa intensidade subiria até as 163 bpm na segunda metade.
Numa prova plana eu optaria por parciais iguais ou negativos (segunda aparte mas rápida que a primeira). Mas com o perfil da Maratona do Porto, a estratégia que me pareceu correcta foi fazer a primeira meia um pouco mais rápida (estratégia também adoptada pelo Luís – é sempre um exemplo a seguir).
A ideia era virar à meia entre 1h32’’30’’ e 1h33’’00 (ritmos testados com sucesso nas meias da Moita e de Almeirim), cumprindo sempre os limites da intensidade definida. Eu faço sempre a gestão das provas pela intensidade.
Logo nos primeiros Kms, sentia uma ligeira dor nos músculos superiores traseiros das pernas, mas nada de especial. A prova decorria com muita facilidade a um ritmo elevado com o balão das 3h00 sempre uma centena de metros à minha frente.
A prova decorria com toda a normalidade e facilidade (virei aos 10Km abaixo dos 43’’ e na meia ligeiramente abaixo da 1h33’’).
Mas uma coisa estranha se passava e que comecei a reparar a partir dos 15Km: a pulsação em vez de subir ligeiramente começava a baixar. E as dores nas pernas começavam a aumentar.
Na meia maratona sentia já que iria pagar um elevado preço no final. Não sentia dificuldades, mas falta de força.
Entretanto o meu Garmin deixou de registar o ritmo instantâneo (o ecrã que uso nas provas tem 3 campos com o ritmo instantâneo, médio e pulsação média, o que me permite controlar as variáveis importantes). O garmin marcava constantemente 1’51’’ por Km, o que seria perfeito se fosse verdade J. Isso já me tinha acontecido num treino anterior.
Deixei de ter pois, qualquer informação sobre o ritmo instantâneo mas via o ritmo médio passar das 4’20’’ para 4’21’’, 4’22’, 4’23’’ e assim por diante. Pior, perdi qualquer sensibilidade para perceber a que ritmo ia. A partir do Km 32 parecia um zombie.
Entretanto, cruzava-me pela ultima vez com o Luís Ferreira que ia na sua passada magnifica e descontraída e com o José Carlos que ia com uma alegria e à vontade impressionante. Percebi logo nessa altura que ele vinha a fazer uma grande prova.
Lá fui andando, com apenas uma ideia na cabeça: sobreviver. Ainda pensei em andar, mas tive receio que se o fizesse já não fosse capaz de voltar a correr. Desistir, isso nunca me passa pela cabeça.
Ao Km 30 tenho a companhia da Sara Moreira que vinha a fazer um treino e apoiar um colega. E fomos sempre juntos até ao Km 35, altura em que fiquei para trás. A Sara vinha sempre a dizer ao amigo: força, isto é para sofrer… é mesmo assim, anda lá. E esses palavras iam me ajudando também. É como se fossem para mim J.
A juntar à festa comecei com arrepios e algumas tonturas e também algumas cólicas. O gel funcionou de forma perfeita (1 gel de 20g de 5Km em 5Km) até ao Km 30, a partir do qual me começaram a cair mal. Não sei se o problema era do gel ou do meu estado geral.
Os kms iam passando lentamente, com alguns atletas a passar por mim e outros a andar e ainda outros parados a fazer alongamentos.
O tempo final já não me preocupava, apenas queria terminar. Mas sabia que toda a experiência é positiva. Se aguentava com aquilo, aguentava com tudo.
E assim foi, lá terminei devagarinho, sendo que a partir dos últimos km a pulsação esteve sempre abaixo das 145bpm e nos ultimo 2km andou pelas 140 e 141bpm. Isso corresponde à parte inferior da minha zona 2, aquela que utilizo em mais de 80% dos treinos.
E foi com 3h15’ que terminei a prova. O Objectivo foi claramente falhado, mas não fiquei muito chateado. Até fiquei satisfeito com o resultado. Não sei e julgo que só o saberei numa próxima Maratona (provavelmente daqui a uma ano no Porto) e não fiz as 3h10 por fragilidade do organismo, por má preparação e má condução da prova.
Mesmo com dificuldades percebi depois através da analise dos dados que fiz a maioria dos Kms abaixo dos 5’/Km. Só os últimos 4 Km é que tiveram um ritmo superior a 5’/Km, o que paradoxalmente me deixou satisfeito. É que eu pensava que vinha a uns 7’/Km J.
Quando terminei a prova tinha o Luís Ferreira à minha espera com o que me pareceu um copo de cerveja na mão. Fui buscar 2 bebidas isotonicas e o saco da roupa. Vesti 3 camisas e estava cheio de frio, arrepios e tonturas. O Luís, sempre do meu lado, tentava me motivar.
Ainda estive sentado no chão durante um bocado mas como ia piorando lá decidi me dirigir à tenda da Cruz vermelha. Deitaram-me numa maca com uma manta e dois sacos de aquecimento, onde estive cerca de meia hora, sempre vigiado de perto pelo Luís Ferreira que não me largava (obrigado Luís, sei que a tua mulher e filhos esperam mais do que o previsto por minha causa).
Na maca do lado estava um Queniano a soro e com pior aspecto do que eu, o que é sempre motivador J.
Comecei a me sentir melhor e como tínhamos de sair do Hotel antes das 2h, lá fomos apanhar o autocarro para a Rotunda da Boavista.
Ainda nos cruzamos com o Orlando que não estava muito satisfeito com a prova (podem ver o blog dele em http://hobbytranspirante.blogspot.com/2011/11/maratona-do-porto-6112011.html).
Não pude ficar a aguardar pelos restantes Run4Fun, e lá fui mais o Luis Ferreira, de volta ao Hotel.
Tomar banho, vestir roupa lavada e ir almoçar um lombo com batata assada (5€) foi um instante.
No caminho ainda parei 2 vezes em bombas de serviço para ir ao WC.
Parabéns a todos os Run4Fun, com destaque para o Luis M Ferreira que é impressionante e ao José Carlos Melo, uma verdadeira força da natureza.
Um comentário final para umas ideias que vejo muitas vezes referidas, principalmente pelo Miguel San-Payo e João Ralha: “Maratonista é o que faz 2 maratonas”. O argumento é que a primeira pode ser por acaso…
Não me lixem: para todos aqueles que só fizeram uma ou que vão fazer a primeira, vocês são Maratonistas. Ninguém corre 42,195Km por acaso.
Run 4 Fun
António Cruz
Amigo António,
ResponderEliminarEstá visto que a maratona do Porto não só foi uma experiencia fantástica e especial para todos como uma fonte inspiradora de escrita.
Tal como o texto do Luís, depois de ler, pouco me resta a não ser agradecer a partilha e a dar-te os parabéns (aproveito para dar os parabéns a toda a armada R4F, não só pelos resultados, mas também pelo espirito e pela postura).
Conseguiste igualmente emocionar-me e dar-me ainda mais motivação para o dia 4 de Dezembro, e também deixaste um par de dicas importantes...O Teu relato e o do Luís vão ser seguramente recordados por mim quando chegar a "minha hora"
Uma vez mais obrigado
Runabraços
Parabéns António. Cumpriste o que o Michelangelo disse: "mais vale falhar por pouco um objetivo ambicioso, do que cumprir um objectivo da treta".
ResponderEliminarAdmiro a forma científica como fazes o controlo do andamento, pela pulsação. Quando for mais experiente espero ser capaz de o fazer também.
Parabéns pela tua prova e capacidade de sofrimento que eu conheço bem. E pelo magnífico tempo, menos 27 minutos que a anterior, feita com o nosso amigo Miguel San-Payo.
Runabraços
Grande António. O almoço deve ter voado em segundos.
ResponderEliminarMesmo assim foi um excelente tempo.
Mais uma ajuda para Dezembro. Ir com calma desde o inicio até ao fim.
Obrigado pelo teu relato.
Os meus longões não estão a correr como desejava. Mas vamos a ver.
Quero deixar um pedido de desculpas publico ao Luís Correia, que esteve com a equipa Run4Fun no inicio da prova, mas que me esqueci de mencionar.
ResponderEliminarLuís, não ligues que eu estou a ficar velho e tenho destes lapsos.
Um abraço e parabéns pela tua prova.
AC
Muito obrigado António, é um testemunho de mestre (eu só tenho de aprender).
ResponderEliminarUma marca de 3:15 é sempre de altissimo nível e sobretudo vencendo os obstáculos que relataste.
A próxima cumprirá todos os objectivos (e eu espero estar lá para ver).
RunAbraço
António...obrigado pela partilha da tua experiência!! É impressionante ler as tuas palavras e a tua chegada! Essa capacidade de não desistir mesmo quando fisicamente te deves ter sentido que tinhas de parar é, sem dúvida, um ensinamento.
ResponderEliminarOBRIGADO! Até breve numa próxima corrida :)
Grande António Cruz, Parabéns!
ResponderEliminarExcelente relato acompanhado da componente técnica e emocional, transportou-me para a tua prova, até senti as pedras da calçada dos kms iniciais…
Primeiro desculpa lá a minha sinceridade mas não é qualquer mortal que á segunda Maratona de auto-propõe 3h10m por muito ambicioso que seja ou por muito que se treine. Entendo alguma frustração quando se trabalha arduamente para um objectivo.
Concordo contigo que devemos almejar sempre a mais do que ser conservador mas como mencionado para ser perfeito, têm de se conjugar um enorme conjunto de factores e nem todos estão ao Nosso alcance!
Com esta qualidade atlética e artística no grupo temos de fazer um livro das melhores crónicas.
De realçar no final, mais uma vez o habitual espírito de Irmandade R4F e solidariedade do Grande Atleta Luis Ferreira no apoio e de todos os restantes que certamente o fariam por qualquer um de nós nas mesmas circunstâncias.
Venha a próxima e
‘O tempo é o melhor Juiz de todas as coisas’
na seguinte serão pelo menos 5 minutos.
Acabo como começas-te: Não me lixem mas 3h15m é um tempo do outro Mundo! Aqui e em qualquer Planeta.
RunAbraço,
NDA
Caríssimo António, faço das palavras do Nuno Marques as minhas: depois de ler estes dois relatos emocionantes, teu e do Luis Correia, motivou-me mais ainda para que em 2012 eu faça a minha primeira maratona.
ResponderEliminarParabéns e 3h15min, nossa isto é um tempo fantástico!
RunAbraços.
Bravo, António! Um relato que transpira a força de quem o escreve... A participação na Maratona do Porto foi realmente um marco individual e colectivo.
ResponderEliminarRunabraços
Parabéns António, Grande resultado!
ResponderEliminarDesculpa António mas não me tinha apercebido que uma "lebre" com as tuas características e com conhecimentos da "coisa" fazias apenas a 2ª Maratona de estrada.
Com mais prática em longas distâncias tens potencial pra chegar mais rápido a melhores resultados.
Parabéns a todos os participantes Run 4 Fun nesta prova motivante com um belo percurso, tanto na Maratona como na Family Race de 14 km.
Face ao ano passado não gostei da enorme fila no edifício da Alfandega que não tive em 2010.
Bem... depois tivemos à noite mais outra Pasta Party Run 4 Fun... mais massa pra "queimar" na manhã seguinte.
O mais já foi referido, vi ao longo do percurso passar bem destacado o Luís Ferreira e a seguir o António Cruz e o Orlando Ferreira. O Miguel SanPayo fazia companhia aos seus amigos. O Teodoro e o Jorge Esteves faziam a prova em conjunto e o Luís Correia aplicado a conseguir manter a sua estratégia nesta prova.
Esta Maratona é claramente a melhor de Portugal e um cartão de visita da cidade e do País.
Tive a companhia de Fernando Andrade em boa parte do percurso e revi vários companheiros de corridas ao longo das margens do Douro e da marginal Atlântica.
RunAbraços.
Caro António (Rossi),
ResponderEliminarcompreendo a tua frustração, mas desculpa lá, 3:15 é um tempo do CARAGO.
Muitos parabéns
Grande António,
ResponderEliminarPude acompanhar de perto a tua maratona e só posso dizer que admiro muito a forma cientifica e sistematizada como abordas tanto a preparação como as provas bem como o enorme espírito de sacrificio que patenteias.
Foi uma excelente prova e um excelente resultado, bem como uma melhoria notável em relação à primeira maratona. A próxima ainda será melhor.
Estou certo que apesar de todo o sofrimento te tenha sido possível apreciar a grande festa que esta maratona é.
Um abraço e muitos parabéns!