BRAVEHEART 419
Já dizia William Wallace que “todos os homens morrem, mas nem todos os homens realmente vivem”. Se alguma vez a lenda escocesa proferiu tais palavras, nunca saberemos ao certo, mas podemos ouvi-las as vezes que quisermos em “Braveheart”. A longa metragem que conta a história de Wallace e que numa palavra apenas, dá o seu contributo para a crença instalada: os bons são bravos e agem com o coração. Ser racional e calculista é coisa de vilão. Se o meu nome e os meus feitos estão condenados ao anonimato e ao esquecimento como “lágrimas na chuva”, William Wallace é matéria da eternidade. O bilhete para a imortalidade saiu-lhe bem caro, no entanto. Depois de capturado e condenado por alta traição, o herói escocês foi arrastado por cavalos, enforcado e, ainda vivo, castrado, desventrado e decapitado em praça pública. Aparentemente já falecido, o seu corpo foi ainda esquartejado em quatro partes, tendo o coração ido parar a parte incerta. Já a cabeça acabou em exibição pública, depois de banha