Não
gosto de trilhos. Não
gosto de lama, mesmo nada. Não gosto de pedras soltas, nem de areia. Não gosto
de single tracks. Não gosto dos percursos escarpados, piores que caminhos de
cabras. Não gosto de escorregar, cair, pisar pedras, torcer os pés, ter a roupa
rasgada pelas silvas e as unhas cheias de terra. Mas
gosto muito do ESPÍRITO dos trilhos! Gosto da envolvente lúdica que engloba
quase sempre a ida na véspera, o jantar de convívio pré-prova, a espera por
todos os colegas na meta e o almoço tardio com o grupo todo reunido. Gosto do
facto de os trilhos serem geralmente provas com um cariz menos competitivo,
onde se verifica um espírito de entre-ajuda e um companheirismo extraordinários.
Gosto do ambiente dos trilhos, em que todos conversam e riem. E gosto dos
abastecimentos dos trilhos, verdadeiros oásis, com comida e bebida regionais,
servida por gentes da terra, sempre com uma palavra amiga! E como não
posso usufruir do “espírito dos trilhos” sem “dar o corpo ao manifesto”, de ve…