XI Trail de Conimbriga Terras de Sicó - 4ª participação
Foi a minha quarta participação nestes trilhos, a 1ª em 2011 com 30 km , a 2ª em 2012, com 38 km, a 3ª em 2013 com 23,2 km. E agora o Trail Longo que eram suposto ser 25 km mas acabaram por ser 26 km.
Na primeira prova em 2011 éramos 7 participantes: A Luisinha, eu, Jorge Esteves, José Carlos Melo, Luís Matos Ferreira, Manuel Romano e Teodoro Trindade.
Já não me lembro bem desta prova, mas a Luisinha ficou em 2º lugar no escalão.
A prova de ontem foi a mais difícil de todas, tanto quanto me lembro. Tal como da primeira vez, éramos sete, mas apenas no Trail Longo. Tinha chovido durante a noite e no dia anterior tinham-se realizado a Ultra de 57 km e a Ultra Endurance de 110 km, pelo que o terreno estava bastante enlameado e já pisado pelos primeiros atletas.
Depois da selfie tipo Monsanting tirada pelo Rúben, lá fomos para o terreno. A primeira parte estava razoável e lá fui correndo e metendo conversa com algumas pessoas, explicando as vantagens da utilização dos bastões que agora não dispenso.
Chagados à primeira grande dificuldade, uma descida completamente enlameada onde caí de rabo duas ou três vezes, seguida por uma subida a "quatro" onde estavam um conjunto de pessoas a incentivar e apoiar os desgraçados como eu que se esmifravam para conseguir subir agarrando até pedaços de relva. No fim desta subida inclinada apercebi-me que tinha perdido o meu relógio, o Huami Stratos 2.
Devo-o ter perdido porque, para não exagerar na pulsação o coloquei virado para baixo o que certamente facilitou a perda. Disse a algumas pessoas da organização mas o mais provável é que esteja soterrado por camadas de lama dos sítios onde andei pelo chão.
Após esta dificuldade, continuou a prova agora com a companhia do grande atleta Orlando Duarte que fazia a sua 700ª prova. Um excelente companheiro com quem fui na conversa vários quilómetros. Ele tem mais 2 anos que eu, foi atleta de cross e gosta de estatística. Temos em comum o facto de termos problemas nos ombros, no meu caso o esquerdo que me limitava quando tinha que fazer força com ele.
O Orlando foi-me dando algumas dicas de corrida e esperava por mim quando havia uma parte mais corrível, em que eu ficava para trás. Na subida muito difícil antes da descida para o Poço eu ia à frente e, de repente, escorreguei e fui de bruços por alí abaixo. Mais teria ido se o Orlando não me tivesse parado com os pés, dado ter apanhado um ponto de fixação. Ajudou-nme a ultrapassar a dificuldade e lá continuamos até ao último abastecimento no Poço, onde se juntou a nós o Jaime Trabucho, um militar da Marinha, de Almada, que esteve recentemente um ano em Timor.
O Orlando sabendo que eu agora ficaria acompanhado, meteu o passo dele e foi embora. Disse-me, no final, que teria ficado comigo se eu não tivesse companhia. Um verdadeiro companheiro a quem eu fiquei muito agradecido pela solidariedade.
E seguimos eu e o Jaime para a última dificuldade, a zona do rio e da "cascata" da qual já não me lembrava. Difícil por ter zonas muito escorregadias e mais ainda por ter maioritariamente que me agarrar com o braço esquerdo o que me limitava por causa do ombro. Mais umas quantas quedas de rabo, de escorregadelas, com muita conversa pelo meio. Lá conseguimos ultrapassar a última dificuldade em direção a Condeixa, onde chegámos juntos em 5:29 para 26 km, quando na primeira, em 2011, tinha feito 4:13 para 30 km. Bem mais difícil e com mais 9 anos em cima.
No final fomos beber uma cerveja preta e comemorar o facto de termos chegado inteiros, com muita lama e algumas arranhadelas.
Ainda deu para vermos a Luisinha subir ao pódio para receber o troféu de 1ª classificada no escalão. Nenhuma outra atleta teve coragem para a enfrentar.....ehehehhehhhh. Passados 9 anos continua em forma.
A seguir ao banho retemperador, em que tirei muita lama, um excelente almoço pelas quatro da tarde, um cabrito assado, maravilhoso. Que bela forma de acabar a aventura nos Trilhos de Conimbriga Sicó
Na primeira prova em 2011 éramos 7 participantes: A Luisinha, eu, Jorge Esteves, José Carlos Melo, Luís Matos Ferreira, Manuel Romano e Teodoro Trindade.
Os "bravos" participantes na prova de 2011 |
Já não me lembro bem desta prova, mas a Luisinha ficou em 2º lugar no escalão.
Já era hábito ganhar pódio no escalão. Neste caso o 2º lugar |
A prova de ontem foi a mais difícil de todas, tanto quanto me lembro. Tal como da primeira vez, éramos sete, mas apenas no Trail Longo. Tinha chovido durante a noite e no dia anterior tinham-se realizado a Ultra de 57 km e a Ultra Endurance de 110 km, pelo que o terreno estava bastante enlameado e já pisado pelos primeiros atletas.
Selfie tipo Monsanting |
Chagados à primeira grande dificuldade, uma descida completamente enlameada onde caí de rabo duas ou três vezes, seguida por uma subida a "quatro" onde estavam um conjunto de pessoas a incentivar e apoiar os desgraçados como eu que se esmifravam para conseguir subir agarrando até pedaços de relva. No fim desta subida inclinada apercebi-me que tinha perdido o meu relógio, o Huami Stratos 2.
Devo-o ter perdido porque, para não exagerar na pulsação o coloquei virado para baixo o que certamente facilitou a perda. Disse a algumas pessoas da organização mas o mais provável é que esteja soterrado por camadas de lama dos sítios onde andei pelo chão.
Após esta dificuldade, continuou a prova agora com a companhia do grande atleta Orlando Duarte que fazia a sua 700ª prova. Um excelente companheiro com quem fui na conversa vários quilómetros. Ele tem mais 2 anos que eu, foi atleta de cross e gosta de estatística. Temos em comum o facto de termos problemas nos ombros, no meu caso o esquerdo que me limitava quando tinha que fazer força com ele.
O Orlando foi-me dando algumas dicas de corrida e esperava por mim quando havia uma parte mais corrível, em que eu ficava para trás. Na subida muito difícil antes da descida para o Poço eu ia à frente e, de repente, escorreguei e fui de bruços por alí abaixo. Mais teria ido se o Orlando não me tivesse parado com os pés, dado ter apanhado um ponto de fixação. Ajudou-nme a ultrapassar a dificuldade e lá continuamos até ao último abastecimento no Poço, onde se juntou a nós o Jaime Trabucho, um militar da Marinha, de Almada, que esteve recentemente um ano em Timor.
O Orlando sabendo que eu agora ficaria acompanhado, meteu o passo dele e foi embora. Disse-me, no final, que teria ficado comigo se eu não tivesse companhia. Um verdadeiro companheiro a quem eu fiquei muito agradecido pela solidariedade.
E seguimos eu e o Jaime para a última dificuldade, a zona do rio e da "cascata" da qual já não me lembrava. Difícil por ter zonas muito escorregadias e mais ainda por ter maioritariamente que me agarrar com o braço esquerdo o que me limitava por causa do ombro. Mais umas quantas quedas de rabo, de escorregadelas, com muita conversa pelo meio. Lá conseguimos ultrapassar a última dificuldade em direção a Condeixa, onde chegámos juntos em 5:29 para 26 km, quando na primeira, em 2011, tinha feito 4:13 para 30 km. Bem mais difícil e com mais 9 anos em cima.
No final fomos beber uma cerveja preta e comemorar o facto de termos chegado inteiros, com muita lama e algumas arranhadelas.
Com o amigo Jaime Trabucho, companheiro na "cascata" |
Primeira classificada no escalão. Única sexagenária a competir. |
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarFantástico João Ralha!
ResponderEliminarTendo visto as condições perigosas do terreno na noite anterior, pensei que a certa altura podias não querer arriscar e abandonar a prova.
Mas terminaste em grande estilo. Sem o relógio, mas com uma cara de satisfação. E isto que os trilhos duros nos fazem sentir quando os terminamos.
E a Luísa parecia uma gaita quando terminou a prova. Energética, e a fazer sinal de "brinco" na orelha.... "os trilhos estavam daqui"
Parabéns aos dois!!