Corrida Volkswagen
Num dia denominado Open day Volkswagen, decorreu uma prova de 10Km nas instalações da AutoEuropa. O atrativo era percorrer por dentro algumas linhas de montagem do nosso principal exportador (julgo eu de que…).
Sendo o local perto da minha casa e onde com frequência treino (maioritariamente bicicleta) nas estradas que circundam a fabrica, tive o bonus de me levantar um pouco mais tarde que o usual, embora levantar cedo não constitua para mim uma dificuldade, pelo contrário.
Cheguei cedo, por volta das 7h15 e fui levantar o meu frontal. Pouca gente nessa altura, o levantamento decorreu sem esperas e quando assinei o meu nome (julgo que este procedimento não é muito comum, pelo menos não me lembro de o ter feito antes), reparei que a maioria dos frontais R4F já tinha sido levantado (pelas assinaturas é claro. Acho mesmo que só faltava o meu frontal e outro para ser levantado).
Como dispunha de tempo, fui dar uma volta pelo recinto onde ainda estavam a preparar os diversos equipamentos. Já com muita animação, o local estava bastante interessante com diversos modelos da VW e Seat em exposição, assim como entretimentos para miúdos e graúdos.
Com calma fui até ao carro mudar de equipamento, e depois de devidamente alfinetado o frontal e já equipado para correr, voltei ao recinto da prova. Entretanto, passando por uma das linhas de montagem onde estavam preparadas um conjunto de bicicletas de spinning, fui perguntar se poderia participar nas aulas e qual os horários (não resisto a uma bicicleta ).
Lá me informaram que as reservas deveriam ter sido feitas no dia anterior, mas caso houvesse bicicletas livres que as poderia utilizar.
Entretanto encontrei o José Carlos Melo que vinha como de costume bem disposto e cheio de energia e lá conversamos um pouco enquanto passamos pela exposição que decorria num dos pavilhões. Ele foi tomar café e eu fui dar outra volta, durante a qual encontrei o Jorge Esteves e depois o Jorge Paulo.
Fui procurar agua para beber, procura essa que me levou a encontrar o Franco e a Camila Wudich comodamente sentados nuns confortáveis sofás numa zona de lazer.
Mais tarde fui fazer um pequeno aquecimento e quando terminei dirigi-me à zona de partida, onde a speaker de serviço convidava as pessoas a fazer o aquecimento.
A um canto lá estavam os R4F presentes aos quais me juntei.
Entretanto o José Carlos Melo foi para a funil de partida e eu decidi ir ter com ele. Quando lá cheguei, os corredores aqueciam fazendo um circuito oval dentro do perímetro de partida. Ai também se encontrava o Miguel San-Payo, que já tinha o programa traçado: correr depressa e ir para a praia…
Lá demos umas voltinhas até que nos fomos colocar nos primeiros metros da linha de partida, onde os atletas se começavam a juntar.
Mais 10 minutos de conversa e lá foi dada a partida.
Embora esteja em boa forma física, ela resulta dos treinos e provas de BTT, pois desde a Maratona do Porto de 2011 que problemas físicos me impedem de correr com normalidade. Tenho feito treinos de corrida curtos de cerca de 30’’ e a cada semana que passa tenho-me sentido melhor, já não tendo praticamente dores quando corro. A minha média dos últimos 6 meses, em termos de corrida é de cerca de 80Km por mês, embora nos dois últimos meses tenha feio cerca de 50Km.
Por esse motivo, o meu objetivo passava por fazer um prova com uma intensidade elevada para perceber se estava com capacidade de sofrimento (não é masoquismo…) e se não sentia dores. Não estava preocupado com a velocidade embora qualquer tempo abaixo dos 45’ seria bom.
Nos primeiros 800m ainda fui perto do José Carlos Melo, mas conforme os minutos iam passando, ele ia-se tornando num ponto cada vez mais distante (o laranja das nossas camisas é um espetáculo para nos identificarmos ).
Estava bastante calor e por esse motivo a intensidade (bpm) era elevada. Até era bastante elevada, mais do que tinha previsto inicialmente, mas o facto de conseguir aguentar essa intensidade deixava-me contente.
Os primeiros Kms foram rápidos (4’06, 4’18, 4’19, 4’22, 4’23) mas é claro que sem treino adequado e com as duas rampas que iriam aparecer, já sabia que isso iria mudar).
A prova a partir do primeiro Km saia do interior da AutoEuropa e circundava pela esquerda o complexo industrial até cerca dos 6,5Km onde voltava a entrar no seu interior.
Eu conheço muito bem esta parte exterior do percurso, pois como referi logo no inicio, faço muitos treino de bicicleta nesta zone pois o piso é bastante bom, as estradas largas e com pouco transito. Uma volta completa ao complexo tem cerca de 7,5Km.
O calor ia fazendo das suas e a intensidade ia atingindo níveis bastante elevados. O facto de aguentar essa intensidade era um bom sinal.
O ritmo ia baixando (mas a intensidade subindo ) e depois de entrarmos novamente na fábrica íamos começar a percorrer o ponto alto do percurso: a passagem pelas linhas de montagem.
Foi uma parte espetacular, pela dimensão, complexidade e diversidade dos equipamentos, viaturas, etc. Para além disso, estava um temperatura muito mais convidativa. Fizemos uma primeira parte num linha de montagem, saímos para o exterior e voltamos a entrar noutra linha. Ainda tentei tirar uma foto em andamento, mas ficou toda tremida.Estive para parar mas tive receio de quebrar o ritmo e estragar o treino (enfim, maluquices ).
Foram mais umas centenas de metros até virarmos à esquerda para a linha de chegada. Na meta estava o José Carlos Melo à minha espera que tinha terminado a sua prova quase 2’ antes. O homem é um máquina.
Entreguei o chip, recolhi o saco com 2 garrafas de agua, um pêssego (que era duro mas bastante doce) e uma medalha original e engraçada.
Fui rapidamente colocar-me uns metros antes da linha de chegada para apoiar(fotografar) os restantes membros do R4F. Entretanto já o Miguel San-payo tinha terminado (chegou logo atrás de mim).
Foi assim que vi passar o Jorge Paulo, o Jorge Esteves, o António Desidério e o José Magalhães (que não tinha visto antes da partida) o Franco e a Camila Wudich.
Depois das fotos da praxe e uns agradáveis momentos de conversa fui até ao spinning fazer ainda 26’ de uma aula que estava a terminar. Suei mais no spinning que na corrida …
O José Carlos Melo acompanhou-me e depois de terminar aquela aula, eu fui-me embora e ele ainda ficou para a próxima. O homem tem uma fonte energética extraterrestre…
Embora não tenha visto pessoalmente, pelas fotos que o José Carlo Melo tirou, também a Rita Felizol e a Rute Fernandes estiveram presentes.
Se me esqueci de mais alguém, peço desculpa. Já estou velho e a memória vai falhando cada vez com maior frequência .
Resumindo, a prova era muito engraçada, diferente de todas as que já tinha feito (por boas razões), bem organizada (existiam umas casas pré-fabricadas para duches) e com muita animação .
Do ponto de vista desportivo, consegui uma intensidade de prova sempre crescente e que foi a mais elevada dos últimos 3 anos (velhos são os trapos…tenho de regressar até 18 de Maio de 2008 para ter uma prova com uma intensidade média superior).
É claro que só consegui essa intensidade porque estava muito calor (foi a prova mais quente desde que registo as temperaturas) e pelo facto de não ter ritmo de corrida (com menos treino a pulsação sobe mais depressa e mais alto).
Mais importante ainda foi o facto de não ter sentido as dores abdominais que me tem perseguido.
Dados da prova:
- Tempo: 43’45’’
- Geral: 166 de 1219 (14%)
- Veteranos 2: 20 de 148 (14%)
- Intensidade: média – 174 bpm; Máxima – 181 bpm
- Cadência média: 96
- Temperatura média: 28.2
- Peso antes prova: 75.6
No dia 8 de Julho lá estaremos nos trilhos do Almonda, que não sei como irei fazer com a minha quilometragem atual (empeno garantido…). Vai ser com muito Fun e ainda melhor companhia…
AC
António
ResponderEliminarGrande relato (estás a ficar cientifico também na prosa.
Realamente estava muito calor.
A entrada na zona de montagem foi o ponto alto da corrida (tanto visual como fresco).
Já lá tinha estado em trabalho, mas nunca tinha estado com a instalação parada.
Parabéns Cruz. Pela prova, pela reportagem fotográfica e pela descrição desta bela manhã muito diferente do vulgar.
ResponderEliminarParabéns aos participantes R4F pela prestação nesta manhã Hot, Hot, Hot...
Devo dizer que eu neste dia eu contava prticipar noutra que está na minha "wish list" há muito tempo (os Trilhos da Reixida), mas como podia ser a única vez que eu teria a oportunidade de correr dentro de uma fábrica de automóveis, inscrevi-me nesta. A organização desta prova dá-me confiança nas provas que organiza. E fiquei muito satisfeito com a corrida da AutoEuropa.
Uma imagem da minha corrida no interior da fábrica: Quando eu estava a correr por baixo da linha de montagem dos automóveis, por entre as caixas das peças e sob o "carrocel" dos automóveis sobre as nossas cabeças, imaginei que os robôs pegavam em mim, me faziam percorrer a linha e no final depois da pintura, eu saía de lá um "speed car". Imaginação fértil...
Quanto ao Spinning, atividade que adoro! Com muita pena minha não cheguei a fazer a 2ª aula. No final da 1ª aula fiquei cheio de sede e depois de me ter ido abastecer já tinha começado a aula seguinte e já não haviam bicis disponíveis. Foi nessa altura que encontrei o grupo da Rute, da Rita, da Carla, do Pedro, do Paulo e lá foram mais algumas fotos.
RunAbraços.
Grande António,
ResponderEliminarGrande relato, bela prova e uma vez mais fantástica reportagem do que foi seguramente uma manhã muito animada.
Obrigado pela partilha.
Runabraços
Bela reportagem (escrita e fotografada) António.
ResponderEliminarEu por motivos profissionais conheço as instalações da Vanpro (assentos) e também já visitei a SAS (cockpit).
Deve ser bem diferente/agradável uma corrida naquele piso.
Boas corridas.
Belíssima descrição António Cruz!! chegamos também cedo e eram os nossos dorsais que faltavam ser levantados :-) . Achei também muito interessante esta corrida e logo na largada, decidi acompanhar a minha filha, pois afinal esta na hora de eu fazer com que ela melhore um pouco os tempos. Foi muito agradável e como estava num ritmo menos intenso, pude observar tudo dentro da fábrica, não tive a imaginação do nosso amigo Melo, mas consegui ter uma idéia de como podemos organizar as coisas na nossa vida, pois dentro da fábrica era tudo identificado , todos os detalhes das peças , o carros, as unidades, foi mesmo um espetáculo. Além da belíssima organização ( uma das melhores que já vi em Portugal ). Esperamos que para o ano se repita e os "laranjas" se façam mais presentes.
ResponderEliminarRunAbraço,
Franco Wudich.
Uma reportagem completa e que permite a quem não foi, ter uma ideia daquela manhã de calor.
ResponderEliminarA corrida foi muito bem organizada e até foi pensado o pormenor de parar os caminhantes quando os corredores se aproximavam.
Parabéns pela prova e pela recuperação que tens tido. Um abraço
Ant+onio Cruz, O nosso "cientista" da corrida, em ação.
ResponderEliminarAgora até controlas a temperatura ambiente, Bem pensado!!!!
Belo relato que é pena não seja visto por mais gente, mas o FB domina!!!
Podes também colocar o post no "Atletas Run 4 Fun".
Runabraço
António Cruz, parabéns por descreveres tão bem o que foi esta magnifica prova desportiva.
ResponderEliminarCorrer dentro de uma fábrica de montagem de automóveis como a Autoeuropa de Palmela, foi de facto uma experiência única.
Parabéns à excelente organização da prova, e a todos os atletas que participaram especialmente aos imparáveis RUN 4 FUN.
Gostei imenso de ler o teu relato... Deu uma ideia muito real do que se passou nesta corrida!
ResponderEliminarPara mim o spinning foi o melhor porque ainda gosto mais do que correr... sorry :-)
Parabéns aos participantes nesta prova peculiar e, em especial, ao relator cientista!
ResponderEliminarRunabraços
Parabéns aos participantes nesta prova peculiar e, em especial, ao relator cientista!
ResponderEliminarRunabraços
António, muito obrigado pelo excelente relato. Apesar de eu não ter podido estar presente, agora já estive lá.
ResponderEliminarContinuação de boa recuperação.
Até ao Almonda.