Tomei a liberdade de fazer a tradução para português deste texto espectacular de Marciano Durán. O texto é um pouco extenso, ocupa espaço no blog, mas não resisti partilhar com todos. Esses loucos que correm Eu conheço-os. Tenho-os visto muitas vezes. São especiais. Alguns saem de madrugada e empenham-se em ganhar ao sol. Outros apanham o sol ao meio-dia, cansam-se à tarde, ou tentam não ser atropelados por um camião à noite. Estão loucos. No verão correm, trotam, transpiram, desidratam-se, e finalmente cansam-se … só para desfrutar do descanso. No Inverno tapam-se, abrigam-se, reclamam, arrefecem, constipam-se e deixam que a chuva lhes molhe a cara. Eu vi-os. Passam rápido ao longo da alameda, devagar entre as árvores, serpenteiam caminhos de terra, trepam calçadas, fazem jogging na curva de uma estrada perdida, fogem das ondas na praia, atravessam pontes de madeira, pisam folhas secas, sobem montes, saltam charcos, atravessam parques, chateiam-se com os carros que não travam, f...