A Minha Primeira Maratona

Autora: Ana Varejão
Data: Novembro 10, 2015

PORTO 8 DE NOVEMBRO 2015 9H00
HORA DA PARTIDA PARA A PROVA QUE ERA O OBJETIVO PARA 2015.



Que posso eu dizer que todos vocês não saibam? Nada. Apenas vos posso dizer que aprendi que é possível correr com o coração, com alma.

Durante o percurso senti TUDO, ansiedade, medo, cansaço, desespero, dor e uma euforia que raiou a histeria e me levou até à meta.

Eu tinha uma enorme vontade de fazer esta prova e de a terminar mas até ao km 30 pensei sempre que não iria conseguir. A primeira parte da prova foi horrível, correu-me bem melhor a segunda parte.



Pois é meus amigos nunca acreditei que era possível, a minha cabeça é tramada e esta prova foi uma luta enorme entre a vontade e a insegurança, venceu a vontade. Alguém me disse que foram as minhas pernas e vontade que ditaram o resultado final mas posso dizer-vos que não foi tudo…foi a companhia de excelência que tive durante o percurso, a minha madrinha Sandra Simões, nem sei como teve paciência para me aturar a queixar-me a toda a hora e que me ralhou tanto ao ponto de uns companheiros de corrida nos dizerem que a prova não acabava sem que andássemos à tareia e o tratamento de princesa que me foi dispensado, por quem carregou a minha agua e gel, me hidratou e me despejou água pela cabeça para aliviar o calor, os meus FILHOS MARTA e BERNARDO e família que estiveram presentes na fitinha branca que me deram para levar ao pulso e à qual me agarrei nalguns momentos mais difíceis, os amigos que acreditaram em mim e a família RUN 4 FUN à qual pertenço com um enorme orgulho. Refilei, ri e chorei, sofri muito, tive cãibras ao km 27 que me acompanharam até final, o calor deu cabo de mim, o percurso deste ano era aborrecido com voltas e voltinhas mas nada disso interessa, o que fica é o enorme orgulho de chegar ao Km 42,195.Nunca vou esquecer o km final, principalmente, a subida para a meta. Ali estavam uma quantidade de espanhóis que me apoiaram gritando o meu nome, batendo palmas, em suma, fazendo- me sentir uma atleta à séria. Ao cortar a meta gritei, chorei e ri e dei aquele abraço a quem me acompanhou…OBRIGADA ficam para sempre no meu coração.



Sinto-me tão feliz superei-me e nem imaginam a enorme satisfação que sinto, por ter decidido, há cerca de 2 anos, deixar o meu sofá, ganhei tanta coisa, uma vida nova e o passaporte para fazer parte da “geração gaiteira”. SOU MARATONISTA (já sei que há quem diga que é só à segunda) deixem-me saborear este feito que para mim é enorme.

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