IV Trilhos de Almourol
Uma das flores mais vistas nos Trilhos de Almourol |
Você disse lama??
Sim, imensa lama, nunca tinha passado por tanta lama (olá Patrícia Calado!!!), lama nos caminhos, nas subidas, nas descidas, tanta que depois de algumas ameaças lá fui de encontro a ela, numa queda simpática e "almofadada", já nos últimos km em que apenas me enchi de lama, na parte esquerda do corpo, que foi ao chão. Foi de tal modo que a partir de certa altura já ia a direito, pelas zonas enlameadas, onde havia mais água, que era a mais sólida em termos de impacto.
Uma prova memorável em que passámos no "trilho da água", aí sem lama, mas com os pés totalmente dentro de água, muito agradável, pois era forma de refrigeração e alívio para os pés. Tive que parar para tirar terra e pedras dos pés, para aí umas seis ou sete vezes, um verdadeiro PB (personal best).
Uma prova num percurso fantástico com vistas fabulosas, com a Barragem de Castelo de Bode a debitar tamanho caudal de água que até provocava um nuvem de vapor de água. A 1ª parte da Maratona apesar de ser a mais difícil foi a mais bonita, nomeadamente na foz do rio Nabão e a partir daí ao longo do rio Zêzere, até embocar no Tejo perto de Constância. A ponte metálica, assente em barcas instalada pelos militares no rio Nabão, pareceu-me este ano muito maior que há dois anos. E até tinham um barco e mergulhador equipado, "just in case".
Até meio da prova, fui na companhia da Luísa e do casal Nuno Tempera e Joana Peralta, o João Veiga "fugiu" um pouco antes.Depois do abastecimento, antes de Almourol e "enxotado" pela Luísa, que ia em rimo mais calmo, lá fui sozinho ou com alguns companheiros de circunstância, sofrendo algumas vezes, em subidas de declive acentuado, mas desfrutando das magníficas paisagens, nomeadamente a zona do Castelo de Almourol, onde este ano não pudemos ir pois o caudal do rio Tejo era tremendo. O percurso teve algumas alterações em relação há dois anos, disse-me um elemento da organização, provocadas pela altura das águas dos rios.
Um verdadeiro divertimento, passados os momentos mais difíceis, onde surgia sempre a questão do costume: "Porque é que me meti nisto?".
Vários destaques:
- A presença de cerca de 30 Run 4 Fun, no conjunto de todas as provas
- Quatro prémios conseguidos pela "armada" feminina: Manuela Cruz, 2ª no escalão no Trail dos 25 km, Luísa Ralha, 2ª no escalão, na Maratona, e a super Ana Grosnik, 3ª classificada na geral feminina e 1ª do escalão na Maratona.
- Melhor classificação individual na Maratona: a extraordinária Ana Grosnik à frente da dúzia de homens Run 4 Fun que participaram na Maratona. Os mais bem classificados, a seguir à Ana, foram o João Guerra, Miguel Serradas Duarte e Jorge Prazeres.
- A estreia da Joana Peralta em corridas de trilhos e logo numa Maratona, é certo que sempre acompanhada pelo "fotógrafo" Nuno Tempera.
- O Teodoro Trindade, que apesar de lesionado num joelho acabou a prova, com grande abnegação.
- O treino que esta Maratona foi para os nossos ultra-trailistas, em preparação para Ronda 101: Jorge Esteves, Miguel San-Payo, Nuno Tempera, Teodoro Trindade e o Gonçalo Fontes de Melo em preparação para a Comrades (provavelmente em 2014!!??)
E venham os próximos Trilhos......a amis divertida forma de corrida, na minha modesta opinião :)
Runabraços
Obrigado pela partilha João.
ResponderEliminarComo é hábito, um belo relato, muito bem detalhado.
Muito se divertem vocês nos trilhos :-).
Ainda falta qualquer coisa para me convencerem...não sei bem o quê, mas lá que falta...falta.
Muitos parabéns a todos.
Cada um, dentro das suas caracteristicas e capacidades esteve fantástico.
Um especial cumprimento à nossa armada feminina...imparáveis.
Runabraços
Os trilhos são a natureza no estado mais puro. A dificuldade da prova moderada mas como sempre um companheirismo elevado. Grande organização e um grande grupo laranja.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEu só de olhar para as fotos fico arrepiada! Nem em pequena eu me sujava na lama! :)
ResponderEliminarMas fico feliz por saber que os meus amigos foram felizes neste Domingo enlameado!
Sobretudo, fico orgulhosa das vossas excelentes prestações e um bocadinho (MUITO??) invejosa por não ter participado, pelo menos para aplaudir as vossas chegadas!
João Ralha, gostei imenso de ler o teu relato e identifiquei-me em várias das cenas que descreves. Também eu depois de atolar os pés nos primeiros charcos de lama (que ainda tentava evitar, contornando) acabei por passar a ir a direito... chapinhando fofamente na lama... Assim como assim... pior não ficava... e sempre era mais perto...
ResponderEliminarGostei!! hei de repetir!!
Agora, extraordinário é o apoio, o incentivo, que nós sentimos, dado pelo nosso grande grupo.
Mais extraordinário ainda é a alegria que o grupo nos transmite ao partilhar connosco o nosso próprio êxito (a minha pequena vitória)
Obrigada, João pela partilha deste teu relato
Pareceu uma prova brasileira... lama, terra, barro, rios, iria me sentir em casa nos trilhos, que aqui no Brasil chamamos de trilhas por coisas que só acontecem com o nosso idioma!! Saudações laranjas!!
ResponderEliminar