II Trail de Palmela - Trail Longo 22 km

Regresso aos trilhos, oito meses após a última corrida em trilhos, o Longo de Sesimbra em 2 de junho de 2019. A Luisinha não se lembra de quando é que fez uns trilhos com mais de 20 km, pela última vez, talvez em 2013?

Chegámos cedo e deixámos o carro estacionado perto da chegada. Descemos até à zona de partida e parámos num café para a Luisinha beber um café, que lhe costuma dar a volta....deve-se ter esquecido??!!

Chegados à zona de partida encontrámos o "trintão" João P. Sousa que nos disse que nem sequer tinha podido ir a casa, pelo que correu "disfarçado", bem como o João Meneses Silva, a nossa amiga Maria Saldanha de Azevedo e o grande Jorge Esteves, com quem tirámos uma foto de grupo.

Dirigimo-nos para a zona de partida onde se nos juntaram os manos Rogério e Raul Matos, dois bem dispostos, sempre disponíveis para alegrar o ambiente. E vai mais uma foto.  

O João Sousa apareceu a seguir e colocou-se nas primeiras filas de partida  para  não se atrasar. Foi uma boa decisão. Pois, no final, foi o 16º da geral. Extraordinário. Parabéns, João.

E lá partimos para a prova com alguns minutos de atraso em relação à hora prevista. Ainda aguentei uns 200 metros com o grupo, mas rapidamente fiquei para trás. 

Confesso que, como um amador,  não vi previamente o gráfico da altimetria; o Jorge Esteves tinha dito que havia um desnível de cerca de 1.000+. 

O que é certo é que durante os primeiros 10 km fomos por trilhos e estradões muito corríveis, com pequenos desníveis. Comecei a gostar da corrida, por caminhos bem definidos com boas marcações. O terreno estava excelente, nunca escorreguei, mas a prever que havia "gato" lá mais para a frente. 

Sabia que havia um grande desnível no final, na subida para o Castelo, mas não estava preparado para aquela subida medonha para a Serra de S. Luís. No final depois de ver o gráfico da altimetria é que percebi. De qualquer modo depois de ultrapassar tamanho obstáculo, com a ajuda dos meus bastões, tive uma grande compensação: a vista sobre a baía de Setúbal era magnífica. 

Houve uma altura, cerca dos 14 km que senti alguma fraqueza. parei e comi alguns figos e passas que levava. Devia-o ter feito antes, mas há algum tempo que não corria distâncias superiores a 20 km e já não me lembrava como era.

No final descemos a"cobra" para depois ter que subir a encosta do castelo, queixei-me aos bombeiros que estavam no início da subida para o castelo. Que este ano já não me pareceu tão difícil como no ano passado em que corremos o trail pequeno. Aliás, comparada com a  subida para S. Luís nem era nada de especial. 

E lá cheguei com 3:45, um bocado cansado. Veja-se em comparação a frescura da Luisinha ao chegar em 3:24 e ser aplaudida pelos vários colegas de trabalho e do ginásio


Quando cheguei estavam a  entregar os prémios às mulheres do Trail Longo. Apercebi-me depois quando já estavam a entregar os prémios às mulheres do Trail Curto, que não chamaram as F60 do Longo.

Chamei o grande Paulo Guerra, o mestre de cerimónias e disse-lhe que havia mulheres F60 no Longo e que ele teria que lhes entregar os prémios. A Luisinha foi lá para cima e entretanto apareceu outra atleta F60. 

Como de costume, o 1º lugar F60 foi R4F, com a torre de menagem do castelo em fundo


Ainda deu tempo para eu beber uma mini (já não havia pretas, só brancas) e de a Luisinha beber mais um café. E voltámos para Lisboa onde almocámos um excelente arroz de polvo, confecionado pelo nosso filho Francisco. Bom final para uma simpática manhã desportiva

Comentários

  1. Categoria João Ralha!!

    Já me ri com a descrição da "subida medonha".
    Fazem uma dupla maravilha. A Luisinha põe o pé no trilho e vai sempre no ripanço. E tu vais a curtir.
    Parabéns aos dois e ao resto do team R4F por mais uma conquista.
    Venha a próxima!!

    Runabraço

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  2. Muito bom João!!! Ainda havemos de andar por aí os dois a correr em trilhos por mais umas decadas. Uma já lá vai.
    Essa zona é muito bonito e pela tua crónica vê-se que se divertiram bastante. Aposto que foste metendo conversa com os demais atletas com que te ias cruzando.
    Tu e a Luisinha fazem uma dupla imbatível.

    Forte abraço e obrigado pela crónica!

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  3. É verdade Luís, meti conversa do com várias pessoas, sabes que é o meu hábito:). Uma das com quem falei não me deu troco, mas após o final veio dar-me um abraço. É giro falar e tentar motivar pessoas que provavelmente estão em melhor estado que nós.

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  4. Excelente cronica, és de facto um exemplo para todos nós e que nos enche de enorme orgulho.

    O trail tem mesmo esta vertente, motivar aqueles que se cruzam connosco e aparentam estar mais confortáveis e em melhor estado do que nós, o que nos acaba por empolgar de uma forma diferente.

    Um forte para os dois.

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