Ultra Maratona Atlântica Melides Tróia


Aqui estão algumas fotos desta prova, tão difícil . Pela expressão deles, até pode parecer que foi fácil......

Parabéns ao Miguel e ao Zé Carlos pelas suas brilhantes prestações. E esperamos os respetivos relatos.

Runabraços

Comentários

  1. Parabens ao Miguel e ao Zé Carlos por esta magnifica conquista. Muito bom.

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  2. Caros Atletas,
    Depois de 9 Maratonas (42.195m), estava na altura de experimentar um novo desafio. Surgiu a oportunidade de realizar a minha primeira ultra-maratona (43.000m) e logo em areia, entre Melides e Tróia e com a particularidade de só ter um reabastecimento (1 litro de água) aos 28,5km.
    A logística é um bocado complicada e resume-se no seguinte:
    04:15h – despertar (depois de um jantar dos 50 anos de uma amigo na noite anterior);
    05:15h – encontro na estação de serviço com o Carlos Melo;
    06:20h – catamaran de Setúbal para Tróia;
    06:55h – autocarro de Tróia para Melides;
    07:45H – levantamento de dorsais;
    09:05h – partida para a prova com a presença simbólica do nosso Carlos Lopes.
    A temperatura estava boa mas o vento que soprava de norte era muito forte e acompanhou-nos durante toda a prova.
    Depois do estouro de líquidos/alimentos que tinha tido na Maratona de Lisboa 2010, fui bem preparado com mochila camel-beg de 2l com Isostar reforçado com sal, 8 pastilhas de dextrose, 4 tubos de amendoim com sódio, 2 gel de frutas e Isostar em pó com sal para o único reabastecimento possível (no final da prova só sobraram 4 pastilhas de dextrose).
    Quanto à prova, início em terreno muito mole e inclinado para nos por logo à prova. Passados uns kms, piso liso tipo auto-estrada pois a maré estava a descer até às 11h. Completei os primeiros 20km em 2:30h e só parei de correr quando cheguei ao reabastecimento na Comporta (28,5km). Aqui, parei, tirei o camel-beg, enchi com as duas garrafas de água que nos davam, juntei o Isostar em pó e fiz-me à estrada (neste caso areia) para os últimos 15km.No entanto o piso já estava muito degradado e é necessário fazer um enorme esforço pois vamos sempre inclinados e temos de estará sempre em compensação (isto não deve fazer nada bem à coluna e ancas). A partir daqui e até ao fim tive de alternar entre correr e andar pois havia zonas em tinha a mesma velocidade se andasse com passada larga ou fosse a correr. Tive também o objectivo de nunca molhar os pés.
    A maioria da prova fi-la sozinho, mas longo da mesma, fui conversando com diferentes participantes que apenas tinham um objectivo: chegar ao fim.
    Quando cheguei à bandeira dos 40km, pensei que os últimos 3 kms seriam fáceis. No entanto nunca mais acabavam e eu a ver o relógio a passar. Num último esforço consegui acelerar (?) e lá terminei a prova abaixo das 6h (05:59h mais precisamente). Agradeço o apoio final dos nossos companheiros Ralhas (Luísa e João) que nos aguardavam junto à meta e a todos os que nos motivavam a chegar ao fim.
    É realmente uma prova inesquecível e que aconselho os mais aventureiros a fazê-la.

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  3. Parabéns Miguel e obrigado pelo teu relato.
    Esta deve ser uma prova duríssima pela vossa descrição.

    Sempre em areia, num plano inclinado, e a mim parece-me mais uma prova de "sobrevivência" do que de atletismo.

    Que tipo de calçado sugeres?

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